segunda-feira, 29 de junho de 2015

Aprenda definitivamente a usar a vírgula com 4 regras simples

A vírgula é um dos elementos que causam mais confusão na língua portuguesa. Pouca gente sabe ao certo onde deve e onde não deve usá-la. O motivo disso é bem simples: sempre nos ensinaram do jeito errado!
Você deve lembrar da sua professora falando coisas como “a vírgula é usada para indicar pausa”, “prestem atenção em como vocês falam, quando tiver pausa, usem vírgula”. Isso é besteira, pois cada um de nós fala de um jeito diferente, usa pausas diferentes e, basicamente, decide como quer falar.
Mas não podemos simplesmente decidir onde vai e onde não vai vírgula. Ela tem poder demais para ser arbitrária. Quer ver o poder da vírgula? Assista esse vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=JxJrS6augu0

Viu como a vírgula é importante?
Pois bem, existem algumas regras para o uso da vírgula, e elas são baseadas na gramática. Deu medo, né? Calma, o meu objetivo aqui é mastigar a gramática pra que você não estrague seus dentes ;-)

1. Use a vírgula para separar elementos que você poderia listar

Veja esta frase:
João Maria Ricardo Pedro e Augusto foram almoçar.
Note que os nomes das pessoas poderiam ser separados em uma lista:
Foram almoçar:
  • João
  • Maria
  • Ricardo
  • Pedro
  • Augusto
Isso significa que devem ser separados por vírgula na frase original:
João, Maria, Ricardo, Pedro e Augusto foram almoçar.
Note que antes de “e Augusto” não vai vírgula. Como regra geral, não se usa vírgula antes de “e”. Há um caso específico que eu explico daqui a pouco. Um outro exemplo:
A sua fronte, a sua boca, o seu riso, as suas lágrimas, enchem-lhe a voz de formas e de cores… (Teixeira de Pascoaes)

2. Use a vírgula para separar explicações que estão no meio da frase

Explicações que interrompem a frase são mudanças de pensamento e devem ser separadas por vírgula. Exemplos:
Mário, o moço que traz o pão, não veio hoje.
Dá-se uma explicação sobre quem é Mário. Se tivéssemos que classificar sintaticamente o trecho, seria umaposto.
Eu e você, que somos amigos, não devemos brigar.
O trecho destacado explica algo sobre “Eu e você”, portanto deve vir entre vírgulas. A classificação do trecho seria oração adjetiva explicativa.

3. Use a vírgula para separar o lugar, o tempo ou o modo que vier no início da frase.

Quando um tipo específico de expressão — aquela que indica tempo, lugar, modo e outros — iniciar a frase, usa-se vírgula. Em outras palavras, separa-se o adjunto adverbial antecipado. Exemplos:
Lá fora, o sol está de rachar!
“Lá fora” é uma expressão que indica “lugar”. Um adjunto adverbial de lugar.
Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.
“Semana passada” indica tempo. Adjunto adverbial de tempo.
De um modo geral, não gostamos de pessoas estranhas.
“De um modo geral” é sinônimo de “geralmente”, adjunto adverbial de modo, por isso vai vírgula.

4. Use a vírgula para separar orações independentes

Orações independentes são aquelas que têm sentido, mesmo estando fora do texto. Nós já vimos um tipo dessas, que são as orações coordenadas assindéticas, mas também há outros casos. Vamos ver os exemplos:
Acendeu um cigarro, cruzou as pernas, estalou as unhas, demorou o olhar em Mana Maria. (A. de Alcântara Machado)
Nesse exemplo, cada vírgula separa uma oração independente. Elas são coordenadas assindéticas.
Eu gosto muito de chocolate, mas não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, porém não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, contudo não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, no entanto não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, entretanto não posso comer para não engordar.
Eu gosto muito de chocolate, todavia não posso comer para não engordar.
Capiche? Antes de todas essas palavras aí, chamadas de conjunções adversativas, vai vírgula. Pra quem gosta de saber os nomes (se é que tem alguém), elas se chamam orações coordenadas sindéticas adversativas. (medo!)
Agora só faltam mais duas coisinhas:

Quando se usa vírgula antes de “e”?

Vimos aí em cima que, como regra geral, não se usa vírgula antes de “e”. Tem só um caso em que vai vírgula, que é quando a frase depois do “e” fala de uma pessoa, coisa, ou objeto (sujeito) diferente da que vem antes dele. Assim:
O sol já ia fraco, e a tarde era amena. (Graça Aranha)
Note que a primeira frase fala do sol, enquanto a segunda fala da tarde. Os sujeitos são diferentes. Portanto, usamos vírgula. Outro exemplo:
A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu destino (F. Namora)
Mesmo caso, a primeira oração diz respeito à mulher, a segunda aos filhos.

Existem casos em que a vírgula é opcional?

Existe um caso. Lembra do item 3, aí em cima? Se a expressão de tempo, modo, lugar etc. não for uma expressão, mas sim uma palavra só, então a vírgula é facultativa. Vai depender do sentido, do ritmo, da velocidade que você quer dar para a frase. Exemplos:
Depois vamos sair para jantar.
Depois, vamos sair para jantar.
Geralmente gosto de almoçar no shopping.
Geralmente, gosto de almoçar no shopping.
Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.
Semana passada todos vieram jantar aqui em casa.
Note que esse último é o mesmo exemplo do item 3. Vê como sem a vírgula a frase também fica correta? Mesmo não sendo apenas uma palavra, dificilmente algum professor dará errado se você omitir a vírgula.

Não se usa a vírgula!

Com as regras acima, pode ter certeza de que você vai acertar 99% dos casos em que precisará da vírgula. Um erro muito comum que vejo é gente separando sujeito e predicado com vírgulaIsso é errado, e você pode ser preso se for pego usando!
Jeito errado:
João, gosta de comer batatas.
Alice, Maria e Luíza, querem ir para a escola amanhã.
Jeito certo:
João gosta de comer batatas.
Alice, Maria e Luíza querem ir para a escola amanhã.

Exercício sobre vírgula e pontuação

O seu Alfredo estava já no fim da vida e escreveu seu testamento. Infelizmente, ele esqueceu da pontuação, e o texto ficou assim:
Deixo minha fortuna a meu sobrinho não à minha irmã jamais pagarei a conta do alfaiate nada aos pobres
Reescreva o testamento 4 vezes, de forma que em cada uma delas você deve dar a herança pra alguém diferente. Você pode usar qualquer sinal de pontuação, mas não pode mudar as palavras.
É um exercício legal e tem várias formas de resolver. Escrevam suas tentativas aí nos comentários.

23 dicas de estilo para você escrever como um grande autor

  1. Interjeições excessivas? Evite-as!!!!
  2. Não abuse de metáforas futebolísticas. Esse tipo de tabelinha com a linguagem do futebol nem sempre satisfaz a galera. O leitor pode se sentir driblado e dar cartão vermelho para o escritor, mandando-o antes do tempo para o chuveiro.
  3. Falhas na concordância denuncia falta de conhecimento gramatical. Evite-a.
  4. Não misture as pessoas gramaticais. Tu podes pode fazer isso quando usares a linguagem coloquial, mas nunca em sua redação para vestibular ou concurso. Nela escrevemos com alguma formalidade e você tem que seguir a norma culta.
  5. Das inversões fuja. Comprometem elas das idéias a clareza.
  6. Evite repetições, pois elas dão a impressão de que o texto não progride. Repetir gera no leitor a sensação de que as idéias ficam no mesmo lugar, não evoluem. Quem repete permanece no mesmo círculo de idéias e faz o texto circular em torno de um mesmo tema, sem sair do canto.
  7. Tenha cuidado ao usar as reticências, pois elas… lacunas no pensamento e… sem saber direito o que o autor quer dizer.
  8. As longas intercalações entre sujeito e predicado, por fazerem o leitor esquecer o que o que foi dito no início, levando-o a suspender a leitura e ter de reler toda a frase, o que termina prejudicando a compreensão do texto como um todo, devem ser evitadas.
  9. Evite exageros. A hipérbole é o pior entre os piores pecados que podem acometer um escritor em todos os tempos.
  10. Há que escoimar o texto de vocábulos preciosos ou pernósticos. O uso de tais palavras é próprio dos alarves e apedeutas. Indica, outrossim, uma mente deslumbrada com as reverberações de um saber despiciendo, que leva a conclusões inanes sobre os transcendentais enigmas do Homo sapiens.
  11. Prefira a linguagem denotativa; ela é um lago transparente de onde emerge com clareza o sentido das palavras.
  12. Evite em seu texto manifestar preconceito contra as mulheres. Do contrário, elas vão reclamar de você o tempo todo sem lhe dar chance de se defender. Mulher – todo o mundo sabe – não tem paciência para compreender as razões do outro e termina transformando o que deveria ser um diálogo esclarecedor num monólogo interminável – em que, obviamente, só ela fala.
  13. Medite nesta verdade preciosa: rima é bom em poesia, não em prosa.
  14. Fuja dos enunciados vagos e genéricos. Eles dão aquela sensação de algo que não se sabe bem o que é, embora todos de alguma forma já tenham sentido em certos momentos da vida. Alguns têm disso uma longínqua idéia, mas só conseguem defini-la em determinados contextos ou por algum tipo de sugestão diferente da que experimentaram no início, antes de tudo fazer sentido. Ou não.
  15. Ao estar fugindo do gerundismo, você não estará fazendo mais do que sua obrigação. Vá ficando atento.
  16. Você acha que o excesso de perguntas retóricas torna mais eficiente o seu texto? Será que elas necessariamente facilitam o diálogo com o leitor? Ou podem deixar o discurso redundante, sugerindo questões que na verdade não existem? Não será melhor usar frases afirmativas, deixando logo claro o que se quer dizer?
  17. Portanto, não inicie o texto pela conclusão. Comece-o mesmo pelo começo, apresentando o tema e depois os argumentos.
  18. Um texto com excesso de “que” parece que tropeça a cada momento e mostra que a pessoa que o produz tem que melhorar o ouvido.
  19. Sem essa de gírias, mano. Se você, tipo assim, se amarra nesse tipo de modismo, mostra que não tá com nada. Com certeza.
  20. Seja evitado em sua redação o excesso de voz passiva analítica, para que você não seja visto pelo leitor como alguém a ser desprezado.
  21. É bom moderar o uso da mesóclise. O bom escritor evitá-la-á em nome da simplicidade, pois a colocação do pronome no meio do verbo trar-lhe-ia aspereza acústica e transformá-lo-ia num monstrengo aos ouvidos de hoje.
  22. Evite. Fragmentar o período. Pois isso é uma grave falha. Gramatical e estrutural.
  23. Sei que é difícil fugir das frases feitas, mas faça um esforço. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
O texto acima é de autoria de Chico Viana, acesse Blog de Chico Viana – Dicas de estilo (sem estilo)

15 Exercícios para melhorar sua Escrita

Exercícios de escrita são um ótimo caminho para melhorar suas habilidades na produção textual e até gerar novas ideias para futuros trabalhos. Eles podem também dar-lhe uma nova perspectiva do seu projeto atual. Um dos grandes benefícios de exercícios particulares é que você pode se sentir livre do medo ou perfeccionismo, já que ninguém precisa ver seus escritos.
Para tornar-se um escritor é importante às vezes escrever sem a expectativa de publicação. Não se preocupe se sair imperfeito, para isso que serve a prática. O que você escrever em qualquer um desses exercícios pode não ser o seu melhor trabalho, mas é uma boa prática para quando você precisar escrever O melhor.
Abaixo, portanto, você vai encontrar alguns exercícios de escrita criativa, que têm como objetivo desenvolver não só suas técnicas ortográficas ou gramaticais, mas também sua capacidade de criação.
  1. Escolha dez pessoas que você conhece e escreva uma frase descrevendo cada uma.
  2. Grave 5 minutos do rádio (ou de algo que você ouve). Escreva o diálogo e adicione descrições narrativas dos falantes e suas ações, como se estivesse montando uma cena.
  3. Escreva uma auto-biografia com cerca de 500 palavras.
  4. Escreva seu testamento. Liste todas as realizações de sua vida. Você pode escrever como se você fosse morrer hoje, ou daqui a 50 anos.
  5. Faça uma descrição de seu banheiro, em 300 palavras.
  6. Escreva uma entrevista fictícia com você mesmo, uma figura famosa, com um caráter também ficcional. Faça isso de uma forma apropriada (ou inapropriada), como se fosse para uma revista famosa, como a Veja, Época, Galileu etc.
  7. Pegue um jornal ou folheto de supermercado, olhe os artigos e escolha um que possa ser base para uma cena ou história que você queira escrever.
  8. Mantenha um diário de caráter fictício.
  9. Pegue uma parte de um livro e reescreva em um estilo diferente, como um romance gótico, de ficção ou ainda uma história de terror.
  10. Escolha um autor, que não necessariamente precise ser seu favorito, e escreva sobre o que você acha da forma como ele escreve. Faça isso sem consultas, primeiramente. Só depois de terminado, releia algumas de suas obras e veja se esqueceu algo e, se preciso, mude seu texto. Analise quais elementos do estilo dele você pode adicionar ao seu próprio e quais elementos você não pode (ou não quer) adicionar. Lembre que seu estilo é único e que você deve apenas pensar em adicionar elementos a ele. Nunca tente imitar alguém por mais de um ou dois exercícios.
  11. Pegue um texto que você tenha escrito em primeira pessoa e reescreva-o em terceira pessoa, ou vice-versa. Você também pode tentar fazê-lo mudando o tempo verbal, a narração, ou outros elementos estilísticos. Não faça isso com um livro inteiro, só com pequenos trechos. Depois de escrever um livro, nunca olhe para trás para tentar reestilizá-lo, senão você vai gastar todo seu tempo reescrevendo coisas, ao invés de escrever algo novo.
  12. Tente relembrar da sua mais tenra infância. Escreva tudo que puder lembrar. Reescreva como uma cena, usando sua perspectiva atual ou, se conseguir, usando a perspectiva da idade que você tinha.
  13. Relembre um antigo argumento que você usou com alguma pessoa. Escreva sobre o argumento do ponto de vista dessa pessoa. Lembre-se que a ideia é ver o argumento daquela perspectiva, não da sua própria. Este é um exercício que pode ser feito oralmente. Nunca julgue se você está certo ou errado.
  14. Escreva uma descrição, com no máximo 200 palavras, de algum lugar. Você pode usar quaisquer elementos sensoriais. Descreva como se sente, como são os sons, os cheiros e os sabores de lá. Tente fazer uma descrição de forma que as pessoas não percam os detalhes visuais.
  15. Sente em um restaurante ou uma área com bastante gente e escreva os diálogos que você ouve. Escute as pessoas ao seu redor, como elas falam e que palavras elas usam. Depois de fazer isso, pode praticar terminando seus diálogos. Escreva sua versão sobre como as conversas continuam.
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6 Passos para Escrever um bom E-mail

O e-mail é uma das formas de comunicação mais usadas hoje em dia, mas também uma das mais mal usadas

Se você tem problemas para escrevê-los ou conhece alguém que tem, aqui estão 6 passos que vão ajudar na hora de mandar aquela mensagem importante, sem ser mal entendido.

1. Escreva e-mails curtos

Deixe seu e-mail tão curto quanto for possível. 
Escrever um e-mail longo é o caminho pra que duas coisas aconteçam:

  1. Você nunca receba uma resposta pois…
  2. seu e-mail nunca será lido.

A rapidez com que digitamos faz com que seja fácil demais escrever uma longa e cansativa mensagem para outra pessoa. 

Se você tivesse que escrever e-mails à mão, seria muito mais sucinto. Reduza seu e-mail para o que for essencial. Claro, isso é mais difícil do que você pensa; uma vez Abraham Lincoln disse:

Eu não tive tempo para escrever uma carta mais curta, ao invés disso eu escrevi uma longa.

2. Limite o e-mail a apenas um assunto

Nunca escreva um e-mail que fale sobre vários assuntos. 

Se você quer uma resposta, você tem que fazer com que essa seja uma tarefa fácil para a outra pessoa — a melhor maneira de fazer isso é não sobrecarregá-la com um monte de coisas.

Se você tiver vários assuntos não relacionados para falar, a melhor maneira é enviar vários e-mails separados.

3. Escreva e-mails claros

É muito fácil de interpretar e-mails do jeito errado. Por isso, tenha certeza de que seu e-mail é tão claro, direto e fácil de entender quanto possível. 

Isso significa evitar abreviações, tomar cuidado com a gramática, entre outros. 

Parece chato, mas tomar cuidado com esses detalhes pode fazer grande diferença (ainda mais se você estiver escrevendo para seu chefe!).

A parte mais difícil é ter certeza de que você está explicando exatamente o que pensa. É muito fácil esquecer de que o conhecimento que você tem não é o mesmo que a outra pessoa tem. 

Antes de escrever o e-mail, coloque-se no lugar do outro — pense sobre a melhor forma de explicar aquilo para alguém que não está tão familiarizado com aquele assunto quanto você.

Quando responder um e-mail, mantenha o texto original ao qual você está respondendo, isso ajuda a tornar as coisas claras.

4. Informe exatamente o que você quer

Se você quer que algo seja feito, peça. Termine cada e-mail como se fosse o item de uma lista que você precisa. 

Não force a outra pessoa a ficar procurando no meio dos seus parágrafos sobre as coisas que ela deve fazer. Um exemplo, você escreve o e-mail, e no final diz:

Resumindo, eu preciso disso:

Arrume as gavetas do escritório
Ligue para o serviço de limpeza

5. Escreva o assunto depois de terminar o e-mail

O assunto costuma ser uma parte negligenciada nos e-mails. 

Geralmente é a primeira coisa que você escreve, antes mesmo de você saber exatamente sobre o que falará a mensagem. 

É por isso que geralmente os assuntos são vagos ou inúteis, como “Oi” ou “Bom dia!”.

Escreva a mensagem para saber exatamente do que se trata, só então volte lá em cima e escreva o assunto do e-mail.

6. O(s) destinatário(s) é a última coisa que você deve escrever

Ao esperar até o último momento para escrever o destinatário você se previne do embaraço de enviar um e-mail pela metade ou de falar coisas que não deve para pessoas que não deve. 

Isso é importante especialmente quando há algum tipo de reclamação no corpo da sua mensagem.

Exemplo de e-mail mal escrito:

Assunto: Ei!
Lembra daquilo que falamos outro dia?  Eu preciso saber mais coisas pra fazer aquilo, o que você acha do novo lugar?

Esse é um e-mail terrível. 

O assunto não dá indicação sobre o que está escrito. A mensagem assume que a outra pessoa lembra o que foi conversado anteriormente, combina dois tópicos diferentes e ainda termina com uma pergunta mal feita.

Vamos ver uma forma de melhorar essa mensagem, tornando-a clara, precisa e informativa.

Assunto: Re: Novo local para o seminário – sobre o que falamos ontem sobre a mudança do lugar para o seminário de 30 de agosto.

Você poderia dizer-me, por favor:

O nome e o endereço do novo local
Você acha que o espaço é adequado para 500 pessoas?

Esse está muito melhor. O assunto lembra a outra pessoa sobre o que foi falado e a mensagem diz exatamente o que precisa, de forma clara e direta.

Enfim, espero que eu tenha escrito este e-mail suficientemente bem para poder ajudar você na escrita de seus próximos e-mails 

COMO FAZER UM RESUMO.

Tenho notado nos alunos universitários uma dificuldade incrível em sintetizar ideias, isto é, em fazer resumos. O fato é que esse tipo de atividade raramente é explicada na escola, quando muito solicitada, por isso os alunos chegam à faculdade sem a menor noção sobre como extrair as ideias principais de um texto.
Antes de mais nada, vale dizer que um resumo nada mais é do que um texto reduzido a seus tópicos principais, sem a presença de comentários ou julgamentos. Um resumo não é uma crítica, assim como a resenha o é; o objetivo do resumo é informar sobre o que é mais importante em determinado texto. Para Platão e Fiorin (1995), resumir um texto significa condensá-lo a sua estrutura essencial sem perder de vista três elementos:
  1. as partes essenciais do texto;
  2. a progressão em que elas aparecem no texto;
  3. a correlação entre cada uma das partes.
Se o texto que estamos resumindo for do tipo narrativo, devemos prestar atenção aos elementos de causa e sequências de tempo; se for descritivo, nos aspectos visuais e espaciais; caso o texto for dissertativo, é bom cuidar da organização e construção das ideias.
Existem, segundo van Dijk & Kintsch (apud FONTANA, 1995, p.89), basicamente 3 técnicas que podem ser úteis ao escrevermos uma síntese. São elas o apagamento, a generalização e a construção.

APAGAMENTO

Como no nome já diz, o apagamento consiste em apagar, em cortar as partes que são desnecessárias. Geralmente essas partes são os adjetivos e os advérbios, ou frases equivalentes a eles. Vamos ver um exemplo.
O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava muitos jardins diariamente.
Sendo essa a frase a ser resumida através do apagamento, poderia ficar assim:
O jardineiro trabalhava bem.
Cortamos os adjetivo “velho” e o advérbio “muito” na primeira frase e eliminamos a segunda. Ora, se o jardineiro trabalhava bem, é porque arrumava jardins; a segunda informação é redundante.

GENERALIZAÇÃO

A generalização é uma estratégia que consiste em reduzir os elementos da frase através do critério semântico, ou seja, do significado. Exemplo:
Pedro comeu picanhacostelaalcatra e coração no almoço.
As palavras em destaque são carnes. Então, o resumo da frase fica:
Pedro comeu carne no almoço.

CONSTRUÇÃO

A técnica da construção consiste em substituir uma sequência de fatos ou proposições por uma única, que possa ser presumida a partir delas, também baseando-se no significado. Exemplo:
Maria comprou farinha, ovos e leite. Foi para casa, ligou a batedeira, misturou os ingredientes e colocou-os no forno.
Todas essas ações praticadas por Maria nos remetem a uma síntese:
Maria fez um bolo.
Além dessas três, ainda existe uma quarta dica que pode ajudar muito a resumir um texto. É a técnica de sublinhar.
Enquanto você estiver lendo o texto, sublinhe as palavras ou frases que fazem mais sentido, que expressam ideias que tenham mais importância. Depois, junte seus sublinhados, formando um texto a partir deles e aplique as três primeiras técnicas.
Como leitura adicional, eu sempre recomendo o excelente livro de Maria Almira Soares, que se dedica exclusivamente a dotar o aluno de ferramentas teórico-práticas, úteis à elaboração de uma síntese ou resumo. Desde a primeira leitura geral do texto até as técnicas de simplificação, articulação e reformulação do discurso, a autora reúne aqui um conjunto de etapas a serem acompanhadas pelo estudante. Trechos de textos literários e jornalísticos dão corpo a uma gama de exercícios de aplicação, indispensáveis à consolidação dos saberes nos domínios da escrita, da leitura e do funcionamento da língua.
Fontes:
Prática Textual: atividades de leitura e escrita / Vanilda Salton Köche, Odete Benetti Boff, Cinara Ferreira Pavani. — Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.
Estratégias Eficazes para resumir. Chronos – Produção de textos científicos no ensino da língua portuguesa / Niura Maria Fontana. — Caxias do Sul: UCS, n.1, p.84-98, 1995.
Para entender o texto: leitura e redação / José Luiz Fiorin, Francisco Platão. — 10.ed. São Paulo: Ática, 1995.
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sábado, 20 de junho de 2015

HOJE É O SEU DIA!!!!!!!!

Você se preparou para viver o dia de hoje?
As coisas mais importantes da vida somente são valorizadas depois que passam ou são perdidas.
A saúde, o sono, a razão, os fenômenos digestivos, os órgãos dos sentidos, os movimentos são tesouros colocados por Deus a seu serviço.
Portanto, cuidado com esses tesouros.
Está disposto a recomeçar hoje aquele projeto que fracassou ontem?
O aparente fracasso é a forma pela qual a Divindade ensina você a corrigir a sua maneira de atuar, facultando-lhe repetir a experiência com mais sabedoria.
A vida é constituída de lições que se repetem até se fixarem corretamente.
Hoje você tem problemas, que parecem insolúveis, para resolver?
Considere o seguinte:
Primeiro: ninguém vai resolvê-los por você.
Segundo: você só vai resolvê-los se se dispuser a enfrentá-los.
Terceiro: é preciso equacionar os seus problemas, um de cada vez, até resolver todos.
Quarto: não sobrecarregue os outros com as suas queixas, reclamações e problemas.
Você sentiu uma ponta de mau humor hoje?
Lembre-se: a irritação é o espinho cravado nas carnes da emoção, que deve ser retirado.
Quanto mais permanece, mais piora o estado de quem o conduz, gerando infecçõesduradouras e perniciosas.
Está na iminência de se desesperar?
Lembre-se, ainda: o homem deve treinar coragem e resignação. Sem esses valores ele permanece criança espiritual.
Deixe-se conduzir pelas ocorrências que não pode mudar e altere com amor aquelas que o irão  beneficiar.
Deus é Pai misericordioso e vela por você.
Você se exercitou para perdoar hoje?
O perdão real é sempre acompanhado pelo esquecimento do mal recebido. Quem guarda rancor, coleciona lixo moral.
Você já abraçou seu filho hoje, dizendo-lhe o quanto o ama?
Ele necessita de oportunidade e de amor para alcançar o triunfo. Abençoe o seu filho com as suas palavras e conduta, fazendo-se amigo dele em todas as situações.
Você já orou hoje?
Não desconsidere o valor da oração. O corpo necessita de alimento adequado para se manter. Assim também o Espírito, que é a fonte de vitalização da matéria.
Na prática, você é o senhor da sua cabeça e do seu dia. Você decide como quer que seja o seu hoje.
Decida e trabalhe por isso. Quem quer faz, não manda fazer.
A água não ocupa mais espaço do que realmente necessita. Por isso equivale à moderação.
Nesses dias agitados, a angústia caminha com o homem, disfarçada de medo, de ansiedade, de sentimento de culpa.
Naturalmente, as pressões a que todos estamos sujeitos respondem por tal situação.
A ansiedade pelo prazer exorbitante frustra; os fatores agressivos amedrontam e a timidez encontra uma forma de levar ao complexo de autopunição.
Afaste da mente esses fantasmas responsáveis por males inumeráveis.
Você é filho de Deus, por Ele amado, protegido e abençoado.
Não se afaste de Suas leis e se se enganar em alguma ocasião, ao invés de se entregar a conflitos desnecessários, retorne ao caminho do dever, sem receio algum.
Lembre-se  da afirmativa de Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Lembre-se, ainda: Hoje é o dia! O seu dia!
*   *   *
Muitas enfermidades do corpo procedem do Espírito danificado pelos conflitos da emoção ou pelo ácido das imperfeições morais.
Não bastará dormir, dar descanso ao corpo, se você permanecer emocionalmente inquieto, ansioso!
Pense nisso e aproveite bem o dia de hoje, que é o seu dia.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no cd Momento Espírita, v. 10 e no
livro Momento Espírita, v. 5, ed. Fep.
Em 25.06.2012.

VERDADEIRO AMOR!!!!!!!!!!

O que é amor verdadeiro?
Será que existe esse sentimento na face da Terra?
O amor é de essência divina e cada filho de Deus tem no íntimo a centelha dessa chama sagrada.
E o amor tem várias maneiras de se manifestar.
Existe amor de mãe, de pai, de esposa, de marido, de irmão, de tio, de avó, de avô, de neto, de amigo etc.
Um dia desses, lemos, num periódico digital da Colômbia, uma história de amor das mais belas e significativas, contada por uma doutora colombiana.
Numa tradução livre para o português, eis o que contou a médica:
Um homem de certa idade foi à Clínica, onde trabalho, para tratar de uma ferida na mão.
Estava apressado, e enquanto o atendia perguntei-lhe o que tinha de tão urgente para fazer.
Ele me disse que precisava ir a um asilo de idosos para tomar o café da manhã com sua esposa, que estava internada lá.
Disse-me que ela estava naquele lugar há algum tempo porque sofria do Mal de Alzheimer, já bastante avançado.
Enquanto acabava de fazer o curativo, perguntei-lhe se sua esposa se incomodaria caso ele chegasse atrasado naquela manhã.
"Não", respondeu ele. "Ela já não sabe quem eu sou. Faz quase cinco anos que não me reconhece."
Então lhe perguntei com certo espanto: "Mas se ela já não sabe quem é o senhor, por que essa necessidade de estar com ela todas as manhãs?"
Ele sorriu, e com um olhar enternecido me disse:
"É... Ela já não sabe quem eu sou, mas eu, entretanto, sei muito bem quem ela é."
Tive que conter as lágrimas, enquanto ele saía, e pensei: "É este tipo de amor que quero para minha vida."
O verdadeiro amor não se reduz nem ao físico nem ao romântico.
O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é... do que foi... do que será... e do que já não é...
*   *   *
O Mal de Alzheimer é um transtorno neurológico que provoca a morte das células nervosas do cérebro, descrito pelo neuropsiquiatra alemão Alois Alzheimer, que é de onde vem seu nome.
Pode se apresentar em pessoas a partir dos quarenta anos de idade, de maneira lenta e progressiva.
Em estado avançado, provoca no paciente a incapacidade para se comunicar, reconhecer pessoas, lugares e coisas.
O enfermo perde a capacidade de caminhar, de sorrir, de fazer a própria higiene, e passa a maior parte do tempo dormindo.
No entanto, do ponto de vista espiritual, é uma bendita oportunidade de aprendizado para o Espírito imortal, que fica temporariamente encarcerado no corpo físico, sem poder se manifestar.
Geralmente, o Espírito percebe tudo o que se passa com ele e ao seu redor, mas não consegue se expressar.
Todavia, não fica insensível à atenção, ao afeto, ao carinho e à ternura que lhe dedicam.
A pessoa sente o amor com que a envolvem.
Por todas essas razões, vale a pena refletir com a médica, que ficou a pensar consigo mesma, depois que seu paciente foi ver sua amada:
É este tipo de amor que quero para minha vida.
O verdadeiro amor não se reduz nem ao físico nem ao romântico.
O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é... do que foi... do que será... e do que já não é...

Redação do Momento Espírita, com base em
matéria assinada por Martha Isabel Martinez Gómez MD,

 publicada no site http://www.lacolumna.cl/index.php?p=93
 e traduzida por Terezinha Colle.

Disponível no CD Momento Espírita, v. 10, ed. FEP.
Em 25.8.2014.

ACEITAÇÃO!!!!!!!!!!

Quando precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o primeiro impulso que temos é o de ser resistente à nova situação.
É difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade financeira, a doença, a humilhação, as traições.
A nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos contraria e que nos gera sofrimento.
Agindo assim, estaremos prolongando a situação. Resistir nos mantém presos ao problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando tudo mais complicado e pesado.
Em outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por vezes, nos entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta, tristeza, culpa e indignação.
Todas essas reações são destrutivas e desagregadoras.
Quando não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos. Esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades e nos impedem de enxergar as soluções.
Pode parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil, estamos desistindo de lutar e sendo fracos.
Mas não. Apenas significa que entendemos que a existência terrestre tem uma finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que a luta deve ser encarada com serenidade e fé.
Na verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com equilíbrio e sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta, devemos começar admitindo a nova situação.
A aceitação é um ato de força interior que desconhecemos. Ela vem acompanhada de sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a luta.
É detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.
Existem inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle. Resta-nos então acatá-las.
É fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir, mas sim manter-se lúcido e otimista no momento necessário.
No instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que foram criadas por nós mesmos e as soluções surgem naturalmente.
Aceitar é exercitar a fé. É expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e alívio. É manter uma atitude saudável diante da vida.
Énos entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer.
*   *   *
Estamos nesta vida pela misericórdia de Deus, que nos concedeu nova oportunidade de renascimento no corpo físico.
Os sentimentos de amargura, desespero e revolta, que permeiam nossa existência, são frutos das próprias dificuldades em lidar com os problemas.
Lembremos que todas as dores são transitórias.
Quando elas nos alcançarem, as aceitemos com serenidade e resignação. Olhemos para elas como mecanismos da Lei Universal que o Pai utiliza para que possamos crescer em direção a Ele.
Busquemos, desse modo, as fontes profundas do amor a que se reporta Jesus que o viveu, e o amor nos dirá como nos devemos comportar perante a vida, no crescimento e avanço para Deus.
 Redação do Momento Espírita, com base
no texto 
Aceitação, de autoria desconhecida e com parágrafo final do
cap. 20, do livro 
Terapêutica de emergência, por diversos Espíritos,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Em 9.10.2012.